Resumo da Primeira Prova de Bases Psicanalíticas do Desenvolvimento Humano
Texto da prova são os 3 ensaios sobre a teoria da sexualidade Freud.
Ensaio 1
As aberrações sexuais *
Nos seres humanos existe um instinto sexual, como a fome a ciência usa a palavra libido.
Objeto sexual: Pessoa de quem procede a atração sexual
Objetivo sexual: é o ato a que o instinto conduz.
No entanto podem ocorrer diversos desvios em relação ao objeto e objetivo sexual
Desvios em relação ao objeto
Os indivíduos cujo objeto sexual é alguém do mesmo sexo são chamados por Freud de invertidos por terem sentimentos sexuais contrários.
Caracterização da inversão
Comportamento dos invertidos
a) invertidos absolutos: seus objetos sexuais são pessoas exclusivamente do mesmo sexo. (não sentem prazer no sexo oposto)
b) invertidos anfigênicos: hermafroditas psicossexuais, seus objetos podem ser do mesmo sexo e também do sexo oposto (não existe a característica de exclusividade).
c) invertidos ocasionais: sob influência de certas condições exteriores (principalmente a falta de um objeto sexual ou imitação) são capazes de adotar como objeto sexual alguém do mesmo sexo.
* invertidos diferem também quanto à ideia que fazem da peculiaridade de seu instinto sexual: alguns aceitam e a consideram tão normal a sua orientação da libido quanto de uma atitude normal, outros se revoltam e a consideram uma compulsão patológica.
* tempo: a inversão pode datar do princípio da existência do indivíduo, tanto quanto se manifestado pouco antes da puberdade. Pode persistir por toda a vida, desaparecer por um tempo, ou ainda, constituir um episódio isolado dentro de um desenvolvimento normal. Pode surgir também tarde na vida, existem também casos de oscilação entre um objeto normal e invertido e aqueles que após uma experiência ruim com o normal se voltam para o invertido.
Natureza da inversão
No começo foi considerada uma indicação de degenerescência nervosa, Freud faz duas distinções:
Degenerescência: Freud afirma que é de valor mencioná-la somente quando se encontrem reunidos vários e graves desvios do normal, a capacidade de funcionamento adequado para a sobrevivência parece ter sido bastante prejudicada.
· No sentido autentico da palavra os invertidos não podem ser considerados degenerados, pois:
A inversão se manifesta em pessoas que não apresentam outros desvios graves do normal, é encontrada em pessoas cuja eficiência não sofreu nenhuma alteração.
· No mundo a nossa volta, a inversão é algo comum e tinha uma grande função na antiguidade, é disseminada entre povos primitivos e selvagens e não é considerada degenerescência.
Caráter Congênito: só podem ser considerados congênitos os primeiros casos em que o instinto sexual nunca teve outra orientação. Sendo assim não se pode aceitar o caráter congênito da inversão
· Outra teoria oposta afirma que a inversão é um caráter adquirido do instinto sexual: alguns sofrem uma impressão sexual muito forte na infância e seus efeitos secundários foi uma tendência a homossexualidade.
· Influências exteriores: guerra, prisões, perigo em relação heterossexual e etc,
· A inversão pode ser eliminada por sugestão hipnótica.
Explicação da inversão:
Não pode ser explicada nem pela hipótese congênita nem pela adquirida.
Bissexualidade
Hermafroditismo anatômico, disposição física originalmente bissexual, vestígios de um dos sexos ficou atrofiado durante a evolução do indivíduo.
Hermafroditismo psíquico é impossível de ser comprovado.
Objeto sexual dos invertidos:
Não existe uma característica universal na inversão, muitos invertidos conservam a característica mental da masculinidade, e mulheres também, e não. Para Freud a posição da mulher é menos ambígua, pois a maioria das mulheres invertidas exibem características masculinas buscando em seu objeto a feminilidade.
Objetivo sexual dos invertidos:
Nenhum objetivo único pode ser estabelecido em casos de inversão.
Homens: relação per anum – não coincide com a inversão, masturbação inclui com igual frequência objetivo sexual às vezes se limitando a extravasamento de emoção.
Mulheres: são diversos, e preferência sexual – contato com a mucosa da boca.
Freud conclui não é possível estabelecer a origem concreta da inversão, e que se deve afrouxar os laços entre instinto e objeto e é possível afirmar que o instinto sexual seja independente do objeto e que sua origem seja determinada pelos atrativos dos objetos.
Pessoas sexualmente imaturas e animais como objetos sexuais
Indivíduos que os objetos sexuais são impróprios parecem normais em suas outras características.
· Menos nos casos que crianças são escolhidas como objetos sexuais - são consideradas aberrações esporádicas (quando crianças são os objetos sexuais exclusivos).
·
Ou individuo covarde ou impotente que as considera como substituto, ou instinto urgente em que se apoderam de um objeto inapropriado para satisfazê-lo.
· Compreende-se melhor a natureza do instinto sexual por ele permitir grande variedade vulgaridade de seus objetos que a fome, o mesmo se aplica aos camponeses em que a atração sexual parece derrubar as barreiras da espécie.
· Não se pode atribuir outras aberrações graves do instinto sexual à doença mental.
Desvios em relação ao objetivo sexual
Considera-se objetivo sexual normal união dos orgãos genitais conhecido como cópula – que conduz ao alívio da tensão sexual- e extinção temporária do instinto – como saciar a fome.
· Mesmo nos processos sexuais normais podemos perceber rudimentos de perversões
· Aqueles que são conhecidos como objetivos sexuais preliminares que estão no caminho da cópula. Essas atividades são acompanhadas de prazer e intensificam a excitação que deve persistir até que o objetivo sexual final seja alcançado.
· Perversões: são atividades sexuais que se estendem num sentido anatômico além das regiões do corpo que se destinam a união sexual, e demoram-se nas relações com o objeto que devem ser atravessadas rapidamente no caminho em direção ao objetivo sexual final.
Extensões Anatômicas
Supervalorização do objeto sexual
· Casos raros a valorização psíquica dada ao objeto sexual como meta do instinto sexual cessa nos orgaõs genitais.
· A apreciação se estende pelo corpo todo e envolve toda sensação por ele derivada. (Se estende pela esfera psicológica) e seus poderes de julgamento são enfraquecidos pelas realizações e perfeições mentais do objeto sexual e ele se submete a ele com credulidade (fonte de autoridade).
· A supervalorização não é fácil de lidar com uma restrição do objeto sexual a restrição dos orgãos genitais reais e as atividades ligadas a outras partes do corpo se tornam elas mesmas objetivos sexuais.
Uso sexual da membrana mucosa dos lábios e da boca
É considerado perversão se a boca toca os genitais, mas não se os lábios se unem, Freud afirma que isso que é considerado como perversão é prática comum desde os tempos primitivos, aqueles que o fazem cedem a um sentimento de repugnância. Que são puramente convencionais- que interfere na supervalorização libidinosa do objeto sexual, mas que pode ser sobrepujada a libido.
Uso sexual do orifício anal
A repugnância marca esse objetivo sexual como uma perversão não tem relação com o objetivo sexual dos invertidos e tem analogia a um ato praticado com uma mulher, ao passo que a masturbação mútua é encontrada nas relações entre invertidos.
Significância de outras regiões do corpo
Certas regiões do corpo tal como mucosa da boca e ânus que aparecem constantemente reivindicam que elas mesmas podem ser tratadas como nessas práticas que se justifica pela história do desenvolvimento sexual e que é atendida da sintomatologia de alguns estados patológicos.
Substitutos inadequados para o objeto sexual – Fetichismo
Objeto sexual normal é substituído por outro que conserva relação com ele, mas é totalmente inadequado para servir deão objetivo sexual normal.
· O que se coloca no lugar do objeto sexual é alguma parte do corpo (Ex: pé, cabelos) ou objeto inanimado que tenha relação atribuível com a pessoa que ele substitui, (com a sexualidade dessa pessoa).
· Existem casos que o objetivo sexual, normal ou pervertido é inteiramente abandonado é propiciada por outros casos em que o objeto sexual deve preencher uma condição fetichista. Ex: cabelo de tal cor, roupa defeito físico – para que o objetivo sexual seja alcançado.
· Certo grau de fetichismo está presente no amor normal principalmente naqueles estágios que o objetivo sexual normal parece inatingível ou a consumação é impedida.
· Torna-se patológico quando o fetiche toma o lugar do objetivo normal e se transforma no único objeto sexual.
· Substituição do objeto por um fetiche é determinada por uma condição simbólica da qual a pessoa não está consciente, as vezes não é possível não tratar com certeza o curso dessas conexões.
Aparecimento de Novos objetivos
Todo fator interno/externo que dificulta ou adia a consecução do objetivo sexual normal (impotência, perigo, alto preço do objeto sexual) apoia a tendência de se demorar nas atividades preparatórias e transformar elas em novos objetivos sexuais que podem tomar o lugar do objetivo normal. (e também já é sugerido no processo sexual normal).
Tocar e olhar
Certa dose de contato é indispensável para que se possam obter os objetivos sexuais normais. Tocar não pode ser considerado uma perversão desde que o ato sexual final seja levado a diante.
· O mesmo se aplica ao olhar que é derivada do tato, o prazer de olhar (escopofilia) torna-se uma perversão se se restringir aos orgaõs genitais, se estiver relacionado a anulação da repugnância e se ao invés de ser preparatório ele suplanta o objetivo sexual normal. A vergonha é a força que se opõe a escopofilia.
Sadismo e Masoquismo
Sadismo: infligir dor no objeto sexual Origem: seres humanos masculinos tem um elemento de agressividade na sexualidade de importância biológica/ desejo de subjugar/ vencer a resistência do objeto sexual. Torna-se um componente do instinto sexual independente e exagerado. Atitude destrutiva e violenta para com o objeto sexual para aquela em que a satisfação só é alcançada na humilhação e mais tratos ao objeto sexual.
Masoquismo: sofrer dor de seu objeto sexual, atitude passiva, a vida sexual e ao objeto sexual, sua satisfação só se dá em relação ao sofrimento e dor física nas mãos do objeto sexual. Masoquismo como perversão está mais distante do objetivo sexual normal. Surge como uma transformação do objeto em que o sádico se torna objeto de sua própria perversão.
A dor que é anulada nos dois casos se nivela com a repugnância e vergonha como uma força que se opõe e resiste a libido.
Sadismo e masoquismo: ocupam posição especial entre as perversões, pois se situam entre as características universais da vida sexual. Ocorrem juntas no mesmo individuo.
Perversões em geral
Variação doença
As pessoas sadias também adicionam alguma coisa capaz de ser chamada de perversa ao objetivo sexual normal.
Por isso é inadequado usara palavra perversão como um termo de censura. É difícil traçar uma linha entre o que é patológico e fisiológico.
Algumas merecem exame especial: lamber excrementos, fazer sexo com cadáveres, pois sobrepujam muito às resistências da vergonha repugnância horror ou dor.
· Pessoas normais sob outros aspectos podem colocar-se na categoria de pessoas doentes na esfera única da vida sexual, por outro lado, a anormalidade manifesta nas outras relações da vida tem um fundo de conduta sexual anormal.
Fator psíquico nas perversões
É em conexão com as perversões mais repulsivas eu se deve considerar o fator psíquico desempenha seu maior papel na transformação do instinto sexual
Duas conclusões:
O instinto sexual tem que lutar contra certas forças psíquicas que atuam como resistência. Ex: vergonha e repugnância, essas forças desempenham um papel de restrição do instinto dentro dos limites normais.
As perversões são de natureza composta, o próprio instinto sexual não é coisa simples, mas reunido a partir de componentes que se dissociaram novamente nas perversões.
Instinto Sexual nos neuróticos
A maneira de conhecer o instinto sexual é submeter as pessoas a investigação psicanalítica.
Sintomas são substitutos de diversos processos psíquicos mantidos num estado de inconsciência que lutam para obter descarga.
Ideias emocionalmente carregada de energia libidinosa.
Toda perversão ativa vem acompanhada de seu compenente passivo. Ex: um exibicionista em seu inconsciente é ao mesmo tempo um voyeur.
Instintos componentes de zonas erógenas
Instinto é tido como representante psíquico de uma fonte de excitação em contraste com um estímulo que é estabelecido por excitações simples vindas de fora. Ele se situa na fronteira entre o psíquico e o físico, o que distingue os instintos é sua relação com a fonte somática e seus objetivos.
Uma das espécies de excitação descrita como especificamente sexual é aquela descrita como zona erógena, seu papel se torna obvio quando se atribui significância sexual a orgãos como boca e anus – estes se comportam como parte do aparelho sexual.
Perversões em pessoas neuróticas não se dão de maneira diferente de pessoas normais, algumas podem ter intensificado devido ao caráter da condição e pela repressão sexual. E Freud afirma que se existe relação especial entre a perversão e a forma particular de doença adotada, ainda não foi investigada.
De certa forma todos somos histéricos, então se conclui que ela não é muito rara e constitui parte daquilo que passa como constituição normal.
Existe algo inato por trás das perversões em todas as pessoas embora as influências possam variar nas diferentes pessoas.
Raízes constitucionais inatas do instinto sexual – existem diferentes casos. Para Freud os germes de todas as perversões só podem ser demonstráveis em crianças
A sexualidade infantil Ensaio 2
Esquecimento do fator infantil
Um estudo das manifestações sexuais na infância revelaria os caracteres essenciais do instinto sexual e mostraria o curso de seu desenvolvimento.
Amnésia infantil
· Ela oculta os inícios mais precoces da infância até o 6º ou 8º ano. No entanto deixa profundos traços na mente e tiveram efeito determinante sobre a totalidade do desenvolvimento subsequente. Elas são afastadas da consciência/ reprimidas.
· Freud faz comparação entre a amnésia infantil e a dos psiconeuróticos, pois a sexualidade destes permanece em estado infantil. Essa amnésia infantil se dá pelo fato de que na infância não se atribui ao desenvolvimento da vida sexual.
O período de latência sexual na infância e suas interrupções
Germes dos impulsos sexuais já estão presentes nos recém-nascidos.
· Desenvolvem-se por um tempo e passam por um processo de supressão que é interrompido por avanços periódicos no desenvolvimento sexual, ou sustentado por particularidades individuais.
· A vida sexual das crianças usualmente surge de uma forma acessível por volta dos três ou quatro anos de vida.
Inibições sexuais
É durante o período de latência total ou parcial que se constroem forças psíquicas que irão impedir o curso do instinto sexual – a repugnância/sentimentos de vergonha e as exigências estéticas e morais.
Esse fenômeno é organicamente determinado e fixado pela hereditariedade e pode ocorrer sem auxílio da educação.
Formação reativa e sublimação
Elas surgem as custas dos próprios impulsos sexuais infantis, a atividade dos impulsos não cessa nem no período de latência, a energia é desviada de seu uso e para outras finalidades – processo que tem o nome de SUBLIMAÇÃO. Esse processo desempenha um papel no desenvolvimento do indivíduo e seu início é no período de latência sexual na infância (ocorre também na vida adulta).
· Mecanismo do processo de sublimação: os impulsos sexuais não poderiam ser utilizados nesse período na infância, devido a fatores de amadurecimento reprodutor, e também esses impulsos pareceriam em si pervertidos
É possível formar uma ideia do mecanismo deste processo de sublimação. - de um lado parece que esses impulsos não podem ser utilizados durante esse período na infância – principal característica do período de latência e de outro esses impulsos pareceriam em si pervertidos – ou seja surgir de zonas erógenas e derivar sua atividade de instintos que só podem desenvolver sentimentos desagradáveis.
Interrupções do período de latência
Uma manifestação fragmentária da sexualidade que escapou a sublimação pode se libertar, alguma atividade sexual pode ainda persistir por todo o período de latência.
Manifestações da sexualidade infantil
Chupar o dedo – esse ato ou aquele que é chamado de chupar sensual é uma amostra das manifestações sexuais na infância. Esse ato aparece na infância, pode persistir na puberdade e se manter por toda a vida, (contato sugador) através da boca ou dos lábios.
· Finalidade desse procedimento é a nutrição, esse chupar sensual leva a completa absorção e mesmo ao sono, ou mesmo a uma reação motora com um caráter de orgasmo. (muitas crianças passam do ato de sugar para a masturbação).
Autoerotismo
O instinto não é dirigido para outras pessoas- mantêm satisfação no próprio corpo, esse prazer de chupar o dedo é a busca de um prazer já experimentado, ele é lembrado. Luta para renovar o prazer (chupar rítmico)
Lábio da criança se comporta como uma zona erógena – a satisfação da zona erógena se liga nesse caso a satisfação da necessidade de nutrição.
A criança não usa um corpo estranho para sucção e sim uma parte da própria pele é mais conveniente e a torna independente do mundo exterior. Dessa forma proporciona uma segunda zona erógena que é de espécie inferior. - busca do lábio de outra pessoa.(adulto)
· Nem toda criança tem a necessidade de sugar dessa maneira - e sim aquelas que tem uma intensificação constitucional da importancia erógena da zona labial essas crianças serão adultos com beijo pervertido e se homens = poderoso motivo para beber e fumar.
· Se houver repugnância desenvolverá o vômito histérico.
Ato de sugar já deu as características essenciais de uma manifestação sexual infantil – em sua origem se liga a uma das funções somáticas vitais – não existe objeto sexual – é auto erótica e seu objetivo sexual é dominado por uma zona erógena.
Objetivo Sexual da sexualidade infantil
Características das zonas erógenas
Ela é uma parte da pele, da membrana ou da mucosa em que os estímulos de determinada espécie evocam uma sensação de prazer possuidora de uma qualidade particular.
· Estímulos que produzem prazer são governados por condições especiais, um caráter rítmico e analogia a cócegas.
O caráter da erogeneidade pode se ligar a partes marcantes do corpo, existem zonas erógenas predestinadas.
· Qualquer parte da pele do corpo ou mucosa pode adquirir caráter de zona erógena e ter uma aptidão nesse sentido.
· A qualidade do estímulo tem mais a ver com a sensação de prazer
· do que a natureza da parte do corpo em questão.
Objetivo sexual infantil
O objetivo sexual do instinto infantil é obter satisfação/ prazer por meio de uma zona erógena que foi selecionada de uma maneira ou outra. Essa satisfação precisa ter sido experimentada anteriormente e ter deixado atrás de si a necessidade de repetição.
Na zona labial é a conexão que liga essa parte do corpo a alimentação.
Manifestações sexuais masturbatórias
Atividade da zona anal
Assim como a zona labial a zona anal encontra-se também bastante adaptada por se tratar de um meio onde a sexualidade pode se ligar a outras funções somáticas.
· A significação erógena dessa parte do corpo é bastante grande desde o inicio.
· As crianças que utilizam a zona erógena anal como fonte de excitação se traem retendo as fezes até que seu acúmulo provoca violentas contrações musculares e ao passarem pelo ânus são capazes de produzir grande excitação da mucosa, causando sensação de dor e também de prazer.
· O conteúdo dos intestinos age como precursores de outro orgão que se destina a entrar em ação após a fase da infância – tem função de presente também – mais tarde passa a adquirir o significado de bebê - pois os bebês segundo uma das teorias sexuais das crianças se conseguem pelo comer e nascem pelos intestinos
· A retenção da massa fecal que é intencional serve de estímulo masturbatório sobre a zona anal.
Atividade da zona genital
Genitais não desempenham grande papel no começo no entanto tem grande potencial no futuro - é posta em conexão com a micção . As atividades sexuais dessa zona erógena são o início do que se torna mais tarde a vida sexual “normal”.
· A situação anatômica da região, o lavar, o friccionar, assim como uma excitação acidental torna inevitável que a sensação de prazer.
· Mesmo durante a primeira infância – sentir necessidade de repetição
· Tanto espalhar sujeira quanto limpar atua quase da mesma maneira.
· 3 fases da masturbação infantil: primeira pertence a infância , segunda por volta do quarto ano de vida e a terceira fase corresponde a masturbação puberal que é frequentemente a única espécie levada em conta.
Segunda fase da masturbação infantil
· A masturbação pode persistir ininterruptamente até a puberdade e isto consistiria no primeiro grande desvio do curso de desenvolvimento aceito para os homens civilizados.
Retorno da primeira masturbação infantil
· Durante os anos de infância a excitação sexual da primeira infância retorna quer como estímulo de comichão, que busca satisfação na masturbação, ou como um processo com um caráter de polução noturna. A maioria dos distúrbios da bexiga nesse período são distúrbios sexuais.
· O reaparecimento da atividade sexual é determinado por causas internas e contingências externas, ambas as quais podem ser deduzidas nos casos de doença neurótica.
Causas externas como a sedução da criança por um adulto e também pode surgir de causas espontaneamente externas.
Disposição perversa e polimorfa
Sob a influência da sedução as crianças podem tornar-se perversas e polimorfas e podem ser levadas a todas as espécies possíveis de irregularidades sexuais.
· Isso mostra que uma disposição para elas existe inata nas crianças.
· Existe pouca resistência em realizá-las já que as barreiras mentais contra os excessos sexuais não foram ainda criados: a vergonha repugnância e moralidade.
· Dessa forma as crianças de comportam da mesma forma que uma mulher comum, inculta em quem persiste a mesma disposição perversa e polimorfa.
Instintos componentes
A vida sexual infantil a despeito da dominância preponderante das zonas erógenas exibe componentes que desde o início envolvem pessoas como objetos sexuais, esses instintos não entram em relações íntimas com a vida genital e já podem ser observado na infância como impulsos independentes e distintos da atividade sexual erógena.
O componente cruel dos instintos sexuais de desenvolvem na infância mais independentemente das atividades sexuais ligadas às zonas erógenas, ela aparece usualmente na natureza infantil porque a capacidade de piedade surge mais tarde.
· As crianças que se distinguem por uma especial crueldade com os animais e colegas dão margem a uma suspeita de uma intensa e precoce atividade sexual das zonas erógenas.
As pesquisas sexuais na infância
O instinto do saber
Quase na mesma época que a vida sexual das crianças atinge seu primeiro ápice entre três e cinco anos elas começam a mostrar sinais de atividades que podem ser atribuídas ao instinto de saber e pesquisa. Corresponde a maneira sublimada de obter domínio e usa a energia escopofilia, tem relações importantes com a vida sexual e é iniciado por ele.
O enigma da esfinge
Interesses práticos fazem com que as atividades de pesquisa se desenvolvam nas crianças
Enigmas: distinção entre os sexos e origem dos bebês.
Complexo de castração e inveja do pênis
Os substitutos do pênis que falta nas mulheres desempenham grande papel na determinação da forma assumida por muitas perversões.
· A suposição de que todos os seres humanos tem pênis é a primeiras das muitas teorias sexuais notáveis e momentâneas as crianças.
· Meninas reconhecem o orgão sexual masculino imediatamente e são tomadas por uma inveja – que culmina no desejo tão importante em suas consequências de serem meninos elas mesmas.
Teorias do nascimento
Período pré-puberal, tem interesse pela origem dos bebês.
· Os bebes saem do seio, ou são tirados do corpo, pelo umbigo, se abre para deixa-los sair.
· As pessoas têm bebês comendo determinadas coisas, os bebes nascem através dos intestinos como uma descarga de fezes.
Malogro típico das pesquisas sexuais infantis
As teorias sexuais das crianças são reflexos de sua própria constituição sexual e a despeito de seus erros grotescos, elas mostram mais compreensão dos processos sexuais do que se poderia esperar de seus autores.
· Duas coisas não são descobertas pelas pesquisas sexuais das crianças: o papel fertilizante do esperma e a existência do orifício sexual feminino, que são aqueles que ela não tem desenvolvido em si.
· São pesquisas realizadas na solidão.
Fases do desenvolvimento da organização sexual
As características da vida sexual infantil - na vida sexual do adulto a busca do prazer fica sob influencia da função reprodutora.
Organizações pré-genitais
Essa organização se dá quando ainda as zonas genitais ainda não assumiram seu papel predominante.
· A primeira é a oral – a atividade sexual ainda não se separou da ingestão de alimentos, o objeto de ambas é o mesmo , objetivo sexual é a incorporação do objeto – protótipo de um processo que sob a forma de identificação deverá desempenhar mais tarde um importante papel psicológico.
· Sádico-anal – oposição entre duas correntes que persistem por toda a vida sexual já desenvolvida a atividade ativa e passiva. A atividade é posta em operação pelo instinto de domínio que representa o objetivo sexual passivo que é o ânus – nessa fase polaridade sexual e objeto estranho. Pode persistir por toda a vida.
Escolha difásica de objeto
· É feita nos primeiros anos da infância, é um processo bifásico ocorre em duas ondas, primeiramente de dois a cinco anos de idade se interrompe ou regride no período de latência. A segunda fase se instaura na puberdade e determina o resultado final da vida sexual.
Fontes de sexualidade infantil
· Excitações mecânicas
· Atividade muscular
· Processos afetivos
· Trabalho intelectual
· Variedades da constituição sexual
· Caminhos de influencia mutua
Pulsão Laplanche
Processo dinâmico que consiste numa pressão ou força (carga energética, fator de motricidade) que faz o organismo tender a um objetivo. Segundo Freud, uma pulsão tem a sua fonte numa excitação corporal (estado de tensão); o seu objetivo ou meta é suprimir o estado de tensão que reina na fonte pulsional; é no objeto ou graças a ele que a pulsão pode atingir a sua meta.
Referências:
Referências:
FREUD, Sigmund. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, 1905. In: ______. Um caso de histeria e Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 163-195.
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